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Foto do escritorKleverton Gabriel

Agrishow 2023 bate recorde e fecha mais de R$ 13 bilhões em negócios, segundo Abimaq

Atualizado: 17 de mai. de 2023

Cerca de 195 mil pessoas passaram pela maior feira agro da América Latina

Feira reuniu mais de 800 marcas entre 1 e 5 de maio em Ribeirão Preto (SP) - Foto: Divulgação Agrishow


A 28ª edição da Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação - Agrishow 2023 movimentou o recorde de R$ 13,290 bilhões em negócios, segundo levantamento da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Em 2022, a feira movimentou R$ 11,243 bilhões em negociações. O público também foi o maior da história. De acordo com os organizadores, pelo menos 195 mil pessoas passaram pela estrutura que reuniu mais de 800 marcas expositoras em Ribeirão Preto (SP), entre dias 1 e 5 de maio. No setor de armazenagem agrícola, a movimentação chegou a cerca de R$ 178 milhões, conforme balanço da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem (CSEAG) da Abimaq.

“Para equipamentos de armazenagem de grãos a procura foi muito boa. É uma feira bastante interessante para o segmento porque ela mostra a nossa tecnologia, o que a gente tem no mercado, e também alerta o agricultor sobre o déficit crescente de armazenagem de grãos no Brasil, que este ano atinge mais de 118 milhões de toneladas”,

destaca Paulo Bertolini, presidente da CSEAG e diretor da Granfinale Sistemas Agrícolas. Segundo Bertolini, para fazer frente ao déficit na capacidade de armazenagem, que chega a 38% do total da produção brasileira, é preciso investimento público e privado de pelo menos R$ 15 bilhões ao ano no setor.



“A movimentação em nosso estande de equipamentos para secagem, classificação, transporte e armazenagem de grãos foi maior que em anos anteriores e com incremento no volume de negócios fechados. Percebemos que o agricultor sabe da importância de ter sua própria estrutura para receber a safra e garantir a qualidade dos grãos no pós-colheita”, avalia Bertolini. O diretor da empresa enfatiza que o Brasil precisa investir na estrutura de armazenagem dentro das propriedades rurais para ter um modelo sustentável de negócios.


“Nos Estados Unidos, que são uma referência na pós-colheita, 66% dos armazéns estão dentro das propriedades, enquanto no Brasil apenas 15% dos silos ficam nos locais de produção. Nossa capacidade estática de armazenagem de grãos ainda está concentrada em áreas urbanas e industriais e esse é um cenário que precisa mudar”, completa Bertolini.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção estimada de grãos em 2023 é de 312,5 milhões de toneladas. Já a capacidade estática de armazenagem, conforme estimativa da Abimaq, é de 194 milhões de toneladas. “A falta de espaço adequado prejudica a qualidade dos grãos e pode representar perdas, inclusive com situações em que o produtor se obriga a deixar o produto depositado a céu aberto. É uma questão de segurança alimentar”, reforça Bertolini.

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